segunda-feira, 13 de julho de 2009

Não me olhe.


Não me olhe mais nos olhos,
pois me são quais duas lanças
que alcança a minha alma.

Não me olhe mais nos olhos,
que esse brilho me perturba
e eu só preciso de calma.

Não me peça que enxergue essa luz,
destes teus olhos azuis,
antes viver na cegueira.

Não me queira refletida na íris da tua vida,
para tu só olhar o que queira.

Eu que me quis embebida na profundeza dos poros e pelo fundo dos olhos acreditei nesse amor.
Eu que te fiz minha querida nunca imaginei na vida de suportar essa dor.

Não enxergar-te em meus olhos é como ver nuvem sem estrela,
qual lua encoberta pela escuridão.

Despeço-me do enlaço, de mim o teu pedaço,
a luz do meu dia que virou canção.

E que estes teus olhos tão claros enxerguem,
o amor de quem segue sua inspiração.

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*Textos de Maria Flor: todos os direitos reservados.