segunda-feira, 7 de março de 2011

Silêncio (n° 1)



O silêncio
tornou-se
minha companhia
fiel
e
vaga.

Devora-me aos poucos a
ausência
das palavras
como se estivessem
ligadas
a minha própria existência.

Sinto-me desaparecendo a
medida que
o silêncio me toma.

Dormindo
e
acordando
sem
dizer
ou
ouvir
uma palavra
sequer.

É (ou "O que me assola")




É um pouco de mim de morre a cada dia
É um pouco de mim que em mim se morre

É um pouco de ti que distância
É um tanto de tu que locomove

É um canto de amor que desafina
É a sina da dor que me absorve

Em saber-te em outros braços, me adoeço
Em buscar teus abraços, me devoro

Já perdi minha fala na ausência
O silêncio é a sala que me assola.