quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FLORBELA PARA DANIELLA

*Dedicado à Dani de Lavor


Para falar de Florbela
Quero escolher Daniella
Pelo seu cheiro de flor...

Este perfume de campo
Que sopra n’alma um encanto
No regojizo da dor

Doce irmã sóror saudade
Que em plena mocidade
De amor se consumia

Nobre sensibilidade
Numa Flor d’Alma que alarde
Contra os bardos da alegria

Se tudo ainda vale a pena
Quando a alma não é pequena
Sob o meu seio palpita

Qual o fado triste e belo
Que carrega o mistério
De uma flâmula que agita

Aquelas palavras dela
Para te dizer, Daniella
Palavras de alma-flor

Espancando de poema
Minha alma tão pequena
Encharcada de amor...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

NADA

Passa o tempo
seguem as horas
Falta de mim
tudo em você

Final de semana,
feriado

Nem dá
para entender
Que está
Tudo acabado...

Na praia o mar se calou
O sol nem nasceu hoje, amor
Nossa rede com a falta de nós
Teus abraços sempre nos meus lençóis

Tudo é tão assim sem te vê
Nada para fazer,
Tanta coisa que não tem cor
Sem os teus olhos, meu amor

Sem os teus olhos, meu amor...

Ela é Paulista

O paraíso começa na avenida da rua
E ela é paulista!

A namorada é aquela que olha pra lua
Feito pacista!

E só termina na Rua da Consolação
A esperança de paz

De quem carrega o mundo num choro-canção
De um amor que se faz...

- Ela é paulista!
- Feito pacista!
- A esperança de paz
- De um amor que se faz


O paraíso começa na avenida da rua...

Copacabana


Copacabana é mar
Todo solto no olhar
Misturando a paixão
Feito bola na areia

Revirando a cabeça
De quem canta no peito
Essa triste saudade...

Nostalgia é lembrança
Lá no fundo do peito

E em Copacabana
É que eu aceito
A distância de casa
E do amor que acha graça
Sem nenhum preconceito...

No meio da semana,
Logo depois da terça,
Em Copacabana
Que eu permaneça!

E se existe sereia
É por essas areias
de Copacabana
que ela passeia...

RITINHA

Tinha dinheiro para comer
Quando começava as roças
Só de noite se arrumava
Com aquelas roupinha que dava,
Seu jeitinho de moça prosa

As ramas tudo crescendo
Se plantando dava pé
Só o pézinho da mulher
Que na roça trabaiava
De sandalinha quebrada
Carinhava os meus pé

E quando eu dava fé
O molejo da mulher
Me levou ao pé da mesa
Parecia correnteza
Brincando de bem me quer

Preparava o café
Cafézinho com rapadura
Ai meu deus a criatura
Adoçava minha quintura
Tinha uns olhos cor de mel

Os ois dessa muié
Escorrendo em minha sina
Eu fico inventando rima
Pra saber se ela me quer

Sou poeta que fascina
Com a beleza que era dela
Vou ficar grudado nela
Até quando deus quisé

TEU

Amor,
Fugi.
Ilusão de vazio incompreensível.
Quero-te tão perto que me custa a alma.
Nada é igual.
Não tenho mais sono fora dos teus braços.
Fica e faz-me fixo.
Involúvel.
Amante.
Teu.
Amor meu.

O AMOR É SÓ


A verdade é pele

Que o desejo sele
A insanidade do amor.

O amor é utópico.
O amor é retórico.
O amor é só.

LINHAS VERDES (ou... Cumplicidade)

"sigo nas verdes linhas dos olhos
floresta do teu coração...
e os fortes caules, porto-seguro da alma,
nessa imensidão...
sinto-me viva na infinda natureza
beleza em nosso caminhar...
sei que os passáros presos nos passos ainda irão nos libertar.

fruta madura é mão que se enlaça,
e ultrapassa o tempo que há...

sigo o caminho verde dos olhos,
do amor que resiste em voltar..."