segunda-feira, 13 de julho de 2009

CHORO DE SOL, GOSTO DE SAL N'ALMA

*em 04 de abril de 2005

Hoje o céu me acordou azul e o sol amarelo, como sempre, cheio de raios...

Diferente do branco e preto de ontem, também diferente do que esperava, pois o sol numa surpresa desenfreada, quis ver minh'alma lavada e por isso chorou.

Hoje choveu e fez sol ao mesmo tempo, como se esse sol se tornasse meu cúmplice, como só ele pôde entender.

E eu me fiz todas as cores, que o sol refletia em suas lágrimas e pintei de arco-íris os meus cabelos.

Saí.

Tomei banho de chuva de roupa e mochila e rí.
Um riso molhado e ainda fumê, mas ainda assim resplandecente.
Rí do ônibus que terminou de fazer o favor de converter-me em charco, enquanto todo resto das gentes se protegia em suas paradas, do era inevitável, do que já encharcara a alma...

A lama era creme para os cachos com cheiro de café com chocolate e meu pé o leme de meu próprio rumo.

Eu ví o céu e o sol chorou comigo e me ensinou a sorrir, esta manhã.

Quando a lua ocupar o seu lugar, estarei posta e nua para o próximo banho desta alma que o corpo aperta.

E espero nua, essa lua, que vem me afagar até o próximo sol.

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*Textos de Maria Flor: todos os direitos reservados.