segunda-feira, 13 de julho de 2009

CHUVA


Esse desejo que me entontece.
E como bom vinho me esquenta.
É a lembrança mais viva que ficou em mim.
Em dia chuvoso feito este, o calor do teu corpo corre em mim desesperado.
Quando o sol não amanhece com o dia e, preguiçoso, abre espaço para a chuva.
Minhas mãos procuram tuas carícias...
Neste frio embriagador, tudo em mim chove.
Até que eu vire gota, me reviro em pensamento.
Devaneio alheio a mim e tão meu.
Quanto mais chovo, ainda mais me aqueço dessa lembrança atrasada.
Minha casa é uma nuvem carregada e escura.
Sublime desejo de escorrer do céu...

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*Textos de Maria Flor: todos os direitos reservados.