quinta-feira, 28 de outubro de 2010

EUTANASIADA




O meu amor por você ainda dorme em mim.
Como que num encantamento, ele ouve tudo à sua volta.

Ainda respira, mas prefiro que não acorde mais.
Ou que lhe desliguem os aparelhos, porque eu mesma, se pudesse, já o teria feito.

Falta-me forças e sigo.
Presa em meu próprio amor dormente.

Neste afeto insustentável,
não morro, nem vivo.

Eutanasiada.

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*Textos de Maria Flor: todos os direitos reservados.