domingo, 3 de janeiro de 2010

ESCOLHA

"Se eu pudesse escolher o amor, ele seria claro e leve, feito a neve.
Seus olhos verdes me lembrariam o mar, para um mergulho seguro, de olhos fechados, sem respirar.

Se escolher eu pudesse, em sua alvura dançaria, envolvida por longos abraços.

Se fossem meus os seus laços, me perfumaria sobre os seus cabelos.
E a todos os seus apelos eu atenderia.

Seria como estrela-guia, tão sua quanto minha.
E agora, por onde andas, quando não me vês...?

Talvez seja eu lua, diluida no rio.

Não estarei no corpo esguio, nem na mente estonteante.
Nem em qualquer superfície de corpos e bocas distantes das tantas belezas com que se distrai.

Sou tudo aquilo que mora no eterno-singelo do que não te atrai.

Sou força e impulso.
Discurso calado.
Que flutua alado no teu lado gigante.

Como se eu fosse errante dentre tantas certezas.
Eu sou essa beleza que em ti enxergo.

E você é meu ego, pedaço divino,
tão grande e infindo que não dá para alcançar.

Quiça...!"

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*Textos de Maria Flor: todos os direitos reservados.