Ela acreditava no amor eterno.
Desses que se compartilham anos,
Por onde se sustenta a vida,
Quando um se faz comida e, para o outro,
alimenta a alma.
Ela acreditava no seu amor.
O mesmo que lhe mostrou a inusitada beleza do co-ti-di-a-no.
Logo ela que, fugia de monótonos "dia-a-dia", descobriu que a mo-no-to-ni-a, nada tinha que haver ao cotidiano que a consumia.
Cotidianou-se
em suaves dias de chuva
em olhares que despertam e adormecem juntos
em sorrisos e palavras
em silêncios e pausas
"Como o cotidiano é infinitamente surpreendente" - pensou.
Cotidianou-se
em saudade de meia hora
em saborosos pratos diários e repetitivos, porém nunca iguais
em um sono tranquilo e protetor
Cotidianou-se no amor.
Agora, sonha ser real seu sono.
Sonâmbula nas lembranças de um amor cotidiano, eterno e inesistente.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
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